Estou sendo tragada lentamente, dissolvendo-me em doce
fumaça, acompanhando o ritmo da tua respiração.
A contradição de ideias já inebriou a minha mente, mas
decidi parar de me cobrar, parar de me preocupar, decidi segurar a tua mão, e deixar
o curso da vida nos conduzir, deixar transbordar.
Ah, mas de maneira alguma posso ignorar o modo como odeio
essa sensação de vulnerabilidade em que me coloca. Odeio a curva do sorriso
irônico que pinta seu rosto antes de me beijar. Odeio o modo como consegue quebrar
as minhas defesas, pelo simples fato de te odiar.